quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Cosmos

Um assunto que sempre me fascinou foi a origem do Universo. A inquietação a respeito do espaço e das estrelas tem um impacto altamente relevante para mim, basta dizer que ela foi o estopim para que eu me tornasse ateu (fato de grande importância na minha vida). Sempre me encantou olhar para o céu e vislumbrar as estrelas, era consumido por uma vontade de viajar pela imensidão do cosmos.

 

Não só o começo mas também o fim do Universo me seduz. Saber como será o fim de algo tão grandioso equivale descobrir o sentido da própria vida. Dentre as teorias que explicam como será o término, minha preferida, e na qual acredito, é a do Big Crash. Esta teoria fala que depois da expansão repentina no Big Bang haverá a contração do Universo, retornando ao ponto denso e concentrado original chamado de singularidade. Desta forma, o movimento de expansão e contração acontece num vaivém em que a vida pode ou não se repetir.

 

Outro tema pertinente para mim é a existência de vida fora da Terra. Isso é perfeitamente possível, contudo um contato é outra coisa, não apenas pela vastidão do espaço, mas principalmente pela questão temporal. Pense bem, nosso planeta tem 4,5 bilhões de anos e só depois de muito tempo a vida surgiu (os humanos só vieram no finalzinho desse período, coisa de 30 mil anos), se levarmos em conta que o homem só será extinto pelo Sol daqui a 4 bilhões de anos, teríamos "poucos" anos para encontrar outros seres vivos. Nestes tempos, o que passou e o que virá depois da extinção humana, há possibilidade de ter tido planetas com vida ou que surjam depois de nós. A questão tempo tem que ser considera, não somente a espacial que pode ser superada com naves mais velozes, o tempo ainda não pode ser retoma ou avançado. Mas espero que haja um ser inteligente lá fora que nos encontre ainda neste século.

 

Abraços

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Amenidades

Talvez todos os seres humanos tenham uma forma única de fazer a mesma coisa. Podemos parecer com nossos pais, imitar alguns de seus gestos, mimetizar os trejeitos mais íntimos, mas se analisarmos com acuidade perceberemos as diferenças resultante  do acúmulo das experiências que cada um vivencia sozinho.

 

A forma de comer, por mais que seja transmitida e até mesmo condicionada desde criança, se altera pelas relações não familiares que mantemos. Ela, a forma do comer, se mistura e passa a carregar o condicionamento da infância e a vontade de seguir um padrão de etiqueta ou a forma das pessoas próximas. Por um tempo tentei mudar meu jeito de segurar o garfo, tentando copiar o modo dos atores das novelas, que levam a comida à boca de forma reta e direta, segurando o talher nas pontas dos dedos. Achei difícil, forçado e extremamente burguês, continuei pegando o garfo com a mão fechada e levando-o para boca de maneira torta. Contudo, essa forma apenas se assemelha a da minha vó (a pessoa que me ensino a comer), pois existem leves alterações, conseqüência do meu caminhar longe dela.

 

A amenidade pessoal que mais me intriga é o uso do papel higiênico. Confabulo comigo mesmo tentando imaginar o modo como as outras pessoas se utilizam desse objeto. Esta minha inquietação é devido ao fato de que vivi 2/3 da minha vida sem papel higiênico, utilizando diversos e intrigantes materiais. Por isso em apenas 12 anos, em que tive que aprender a usá-lo por mim mesmo, já mudei por diversas vezes o jeito que me sirvo de um rolo de papel branco no banheiro: a forma de dobrá-lo, quantas dobras, por qual lado inicio o processo, como finalizo, como o jogo fora. A cada mudança evoluo, hoje posso dizer que atingi um status quase definitivo, pelo menos atualmente estou satisfeito e feliz com a forma que limpo a bunda.

 

Abraços

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Copa do Brasil

Não chora, não chora, não chora!

Não chora, não chora, não chora!

 

Cadêêêêêêêê Timão! Cadêêêêêêêê Timão!

 

Viva o Spot, campeão da Copa do Brasil.

 

Abraços.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Escritos Esparsos - ...

O coveiro é um grande homem que trabalha para livrar o mundo da catinga. Ele, em sua frieza necessária, cuida de esconder aqueles que não servem mais dos urubus voadores ou não. Os que voam querem comer, os outros não querem ver nem cheirar. Esse trabalhador sem preconceitos sabe que qualquer um fede e por isso compreende sua importância, por isso seu ar arrogante. Sabe que seu ofício é livrar o mundo dos odores que nos tornam iguais.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sobre Séries - Lost

A 4ª temporada de Lost chegou ao fim. Esta foi uma temporada sensacional, muitos mistérios e muitas respostas. Talvez o fato de ter sido reduzida (apenas 14 episódios) fez com que todos os episódios apresentassem elementos importantes para a trama e alguns entraram para a ontologia da mitologia de Lost.

 

Este último episódio, que foram dois, revela como os Oceanic's 6 saem da ilha e como tramam a mentira sobre as suas respectivas sobrevivências. E o final, numa certa tensão, esclarece quem está no caixão da 3ª temporada. Apesar da curiosidade e das instigantes possibilidades que emanam desta revelação, o final não trouxe tanta estupefação quanto o final da 3ª temporada. Penso que isso se deveu à intensa exposição deste mistério, enquanto que o "We have go back" de Jack, só foi desvendado nos últimos segundos. A súplica desesperada de Jack para Kate trouxe a maior reviravolta em uma história que já presenciei e isso ficará na minha cabeça por muitos anos, dificultando a comparação. Mas, essa última temporada foi brilhante e consolidou Lost como a melhor série da atualidade e com certeza uma das melhores de todos os tempos.

 

Abraços.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Escritos Esparsos – O circular do círculo

O ritual começa ao acordar. O primeiro mundo é o banheiro e seus objetos. Quantos afazeres, futilidades, necessidades, imposições. Um mundo de gestos sincronizados, ordenados, espontâneos e condicionados. Às vezes me perco, nem estou no espelho. Tenho pressa já na manhã. Como e corro.

 

O ritual começa ao trabalhar. O primeiro mundo é o escritório e seus objetos. Tudo em volta está em minha posse, na me pertence. Agilidade, competência, qualidade é o que querem. Quero dinheiro, me trará descanso. Quando? Tenho presa. Como e volto. O mesmo mundo continua, o mesmo eu (des)continua.

 

O ritual começa ao anoitecer. O primeiro mundo é a casa e suas coisas. Movimento meu corpo sem interesse. Sinto-me perdido na ilusão da liberdade de que meus atos são meus. O que faço é desfazer o que fiz, ou fazer o que desfarei? Num círculo, qualquer ponto é o começo e o fim.