sábado, 26 de janeiro de 2008

Sobre Livros

Esta semana li Vida Secas de Graciliano Ramos e confesso que esperava mais. O livro é bom, bem escrito, tem um estilo que gosto, mas acho que o fato de ter elegido este e Grande Sertão: Veredas como dois dos principais livros que precisava ler e por eu ter sido completa e irremediavelmente arrebatado por Grande Sertão, criou-se em mim uma expectativa enorme pelo livro de Ramos. E quando a expectativa é demasiada grande, por mais que a coisa esperada seja muito boa (caso de Vidas Secas) o resultado corre o risco de gerar frustração.

Mas a história de uma família de migrantes nordestinos que fogem da seca, lembrou-me a saga de minha vó Mundeza, também nordestina e também retirante. Ela, seu pai, sua mãe e dez irmãos saíram do Maranhão à pé e, após andarem por mais de dois meses e meio, se instalaram em Goiás (tenho um pequeno relato desta “viagem” gravada em vídeo, mais geral, tipo uma apresentação). Vejo, então, que me identifiquei de alguma maneira com o livro, só a expectativa exagerada que atrapalhou um pouco.

Abraços

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