Ela veio na madrugada.
Sem alarde acordou-me
Tentei argumentar: não é hora, por que eu.
Respondeu-me: sempre é hora, sempre é alguém
Tenho planos. Todos têm.
Amo, sou amado. Os que amam o fazem por serem amados.
E sempre haverá os que amam.
Meu tempo foi pouco. E parafraseando Saramago convenceu-me:
"...no fim das contas o que está claro é que todas as vidas se acabam antes do tempo".
Tudo bem, só deix
2 comentários:
Ó eu aqui de novo! Nao gosto de pensar na morte...
O texto - INEXORÁVEL - é do gênero poético, por isso estabele a mensagem mediante a metaforização das imagens. Li-o deglutindo os versos, a urdidura do ritmo e da sonoridade. Não o li. O comi. Estava delicioso. Somente com o comentário da Victória (Feliz aniversário?), é que passei a pensá-lo. Então, me veio sinteticamente:
1) - A morte é inexorável. No caso específico do poema, ela é uma mulher sensual que nos abraça na madrugada. Ou em qualquer momento que virá antes da vontade. Na briga entre a vontade e a morte, vence a morte. A poesia é, aí, a declaração do desejo, portanto da vida, contra o inexorável.
2) - Ela vem de longe-aqui, de longe-dentro.Quem morre? A carne, a vontade? O espírito?
É fácil não morrer: é ser ter uma Mundeza.
abs
Eg
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