sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Para amadurecer

Amadurecer, hoje, leva mais tempo que na época de Balzac (penso se esse escritor fosse nosso contemporâneo suas balzaquianas seriam maiores de 40). Em nosso tempo, com aumento da expectativa de vida, ter 30 anos é bem diferente que ter-los na década de 80 ou até na de 90, em que a condição da vida adulta e suas conseqüências chegavam mais cedo.

 

No meu caso, saí da casa de minha vó com 19 anos para estudar e me casei com quase 25 (porque tive a certeza que havia encontrado a pessoa certa), mas só aceitei a idéia de ter um filho depois dos 30 (após relutar, mensurar e passar por várias sessões de terapia), quando me senti preparado (emocionalmente, financeiramente) para assumir a carga de responsabilidades de se criar um ser humano. O comum, em anos idos, seria que eu estivesse pensando, pelo menos, no segundo filho.

 

Não sei dizer se minha decisão foi madura, corajosa ou se cedi às pressões, mas quando percebo em mim o forte desejo de ter um filho, vejo que só comecei a amadurecer após tomar e, principalmente, aceitar essa decisão. Não quero afirmar que só com um filho ficamos maduros, de forma alguma. O que penso é que o amadurecimento chega somente quando somos capazes de tomarmos decisões que mudarão nossa vida para sempre e sem retorno e aceitarmos suas conseqüências, independentemente se foram acertadas ou não. Alias, penso que os acertos são proporcionais ao grau do nosso amadurecimento.

 

Abraços

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